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Alimentos


Problemas : má distribuição, desnutrição, obesidade, desperdício e agrotóxicos

Porque não desperdiçar é importante para combater a fome 


Benefícios do alimento orgânico para o meio ambiente e sua saúde
 

O mundo produz diariamente comida em quantidade suficiente para alimentar toda a população do planeta, no entanto
a fome mata uma pessoa a cada 3,5 segundos no mundo por não ter acesso a ela. Segundo o Relatório Mundial Sobre a Fome 2006 da ONU, estima-se que existam hoje 854 milhões de pessoas subnutridas no mundo. O documento revela que 300 milhões de crianças passam fome no mundo e 25 mil pessoas morrem por dia de má nutrição ou doenças associadas ao problema.

Em outro extremo também preocupante, existe no mundo mais de 1 bilhão de adultos com sobrepeso e 300 milhões com obesidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A obesidade é fator de risco para problemas cardiovasculares, de diabetes, hipertensão arterial e certos tipos de câncer.
Além do agravante do sedentarismo, crianças, adolescentes e adultos são bombardeados por propagandas de alimentos pouco nutritivos e com excesso de açúcar, sal, calorias, gorduras saturadas (sobretudo de origem animal) e gorduras trans.
Índices nacionais de consumo alimentar (IBGE) apontam uma elevada ingestão de açúcar, gordura e sal pela população, além de um baixo consumo de frutas, legumes e hortaliças. A obesidade vem crescendo mais rapidamente na faixa mais pobre da população.

A gordura saturada aumenta o colesterol ruim.
A gordura trans além de aumentar as taxas do colesterol ruim (LDL), diminui as do colesterol bom (HDL) e facilita o depósito de tecido adiposo no abdômen.
A gordura trans é muito comum em alimentos industrializados para melhorar a consistência e aumentar o prazo de validade.
Ela é um tipo específico de gordura formada por um processo de hidrogenação. Pode ser encontrada em biscoitos, salgadinhos de pacote, sorvetes, pastelarias, bolos, entre outros alimentos preparados com gorduras hidrogenadas.
A leitura dos rótulos dos alimentos permite verificar quais alimentos são ou não ricos em gorduras trans. Não se deve consumir mais de 2 gramas de gordura trans por dia, o que equivale a aproximadamente uma colher de sopa de margarina.
Saiba mais no site www.anvisa.gov.br .

O Brasil é um dos principais produtores de alimentos do planeta. O país desperdiça anualmente R$12 bilhões em alimentos que poderiam alimentar 30 milhões de pessoas carentes. O Programa Fome Zero do governo Lula pretende atingir 44 milhões de pessoas.

Perto de 44% do que é plantado se perde na produção, distribuição e comercialização : 20% na colheita, 8% no transporte e armazenamento, 15% na indústria de processamento e 1% no varejo. Com mais 20% de perdas no processamento culinário e hábitos alimentares, as perdas totalizam 64% em toda cadeia, conforme dados da revista Veja número 1749.
Evitando o desperdício, haverá mais alimentos à disposição no mercado e os preços sofrerão redução para todos. É a lei da oferta e da procura.

Uma importante iniciativa contra o desperdício é o Mesa Brasil SESC, um programa de segurança alimentar e nutricional sustentável, que redistribui alimentos excedentes próprios para o consumo ou sem valor comercial. O programa é uma ponte que busca onde sobra e entrega onde falta, contribuindo para diminuir o abismo da desigualdade social no país. O CEAGESP também mantém um programa de repasse de alimentos para instituições sociais.

Comer menos carne é uma forma de colaborar com a natureza e ajuda a diminuir a fome.
A produção de proteína de origem animal requer muito mais solo, água e energia do que a produção de grãos e outros vegetais.
A pecuária bovina é a maior responsável pelo desmatamento no Brasil. 
A produção de suínos e aves consome grande parte da produção dos grãos do país. Cerca de 70% do milho produzido no mundo vira ração. Dados da Embrapa apontam que o abate da suinocultura industrial em 2004 no Brasil foi de 26 milhões de cabeças.
A suinocultura, muito praticada na região sul, é considerada uma atividade com grande potencial poluidor. Um porco produz dejetos equivalentes aos de 8 seres humanos. O lançamento indiscriminado de dejetos não tratados em rios, lagos e no solo vem contribuindo para a degradação do meio ambiente. 

O uso de agrotóxicos e fertilizantes já é a segunda causa de contaminação da água no Brasil. Só perde para o despejo de esgoto doméstico.
O Brasil consumiu em 2005, 365,5 mil toneladas de agrotóxicos, movimentando US$ 4 bilhões de dólares, segundo dados do SINDAG (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola).
Ao comprar uma maçã, por exemplo, é impossível detectar o banho de dezenas de pesticidas que ela recebeu.
A intensa utilização de produtos químicos na produção de alimentos afeta o ar, o solo, a água, os animais e as pessoas.
Os agrotóxicos podem promover a intoxicação progressiva dos consumidores e afetar a saúde de trabalhadores do campo que muitas vezes não estão preparados para lidar com esses agentes tóxicos. 
Em caso de dúvidas, a população pode entrar em contato com o Disque-Intoxicação da Anvisa. O telefone é 0800-722-6001.

Os transgênicos são organismos geneticamente modificados em laboratório que tiveram genes estranhos, de qualquer outro ser vivo (vegetal ou animal), inseridos em seu código genético visando a obtenção de características específicas. Por exemplo : uma semente é modificada para ter tolerância (resistência) a um herbicida. Então a empresa de biotecnologia vende a semente patenteada (cobra royalties do agricultor) e vende o agrotóxico também.

   

Acredita-se que os transgênicos podem causar alergias alimentares e diminuir ou anular o efeito dos antibióticos no organismo, entre outras consequências desconhecidas para a saúde humana a longo prazo.
A resistência a agrotóxicos pode levar ao aumento das doses de pesticidas aplicadas nas plantações.
O Green Peace se opõe ao uso de transgênicos na alimentação humana e animal. Para a ONG, os resultados são imprevisíveis, incontroláveis e desnecessários. O Green Peace mantém em seu site um Guia do Consumidor para consulta de produtos.

Segundo o Princípio da Precaução, quando uma atividade representa ameaças de danos ao meio-ambiente ou à saúde humana, medidas de precaução devem ser tomadas, mesmo se algumas relações de causa e efeito não forem plenamente estabelecidas cientificamente. Afinal, é melhor prevenir do que remediar.

Os principais transgênicos plantados no mundo são : soja (61%), milho (23%), algodão (11%) e canola (5%).
A maioria dos europeus rejeita os produtos transgênicos (pesquisa Eurobarômetro) e consequentemente grande parte dos agricultores alemães são contrários aos transgênicos.
Insetos, pássaros e até mesmo o vento podem transportar o pólen de plantas transgênicas e assim contaminar plantações convencionais vizinhas, ainda que localizadas a grandes distâncias. A contaminação também pode ocorrer pelo uso comum de equipamentos de movimentação e armazenagem e no comércio. Pela evidente dificuldade técnica em proteger os plantios convencionais e orgânicos da contaminação transgênica (coexistência), muitas regiões e alguns países da União Européia foram declarados por suas autoridades como Zonas Livres de Transgênicos. Tal precaução não coloca em risco a saúde dos consumidores, o meio ambiente e é um enorme diferencial competitivo no mercado internacional.
Saiba mais sobre transgênicos (ver vídeo "Invasoras Resistentes" no Globo Rural 14/01/07). Visite o site www.aspta.org.br .

Os alimentos transgênicos comercializados (grãos, óleos, leite e carne de animais alimentados com transgênicos...) devem ser devidamente rotulados para garantir o direito de escolha do consumidor. Isto é o mínimo que se pode esperar das autoridades dos governos, além de informações esclarecedoras para a população. Existem campanhas por um Brasil livre de transgênicos.

Agroecologia
O produto orgânico é cultivado sem o uso de adubos químicos ou agrotóxicos.
As técnicas de produção orgânica são destinadas a incentivar a conservação do solo e da água e reduzir a poluição.
Segundo o Instituto Biodinâmico (IBC), um certificador brasileiro reconhecido internacionalmente, a produção orgânica no Brasil cresce 30% ao ano e ocupa atualmente uma área de 6,5 milhões de hectares de terras, colocando o país na segunda posição dentre os maiores produtores mundiais de orgânicos principalmente devido ao extrativismo sustentável de castanha, açaí, pupunha, látex, frutas e outras espécies das matas tropicais, principalmente da Amazônia. Cerca de 75% da produção nacional de orgânicos é exportada, principalmente para a  Europa, Estados Unidos e Japão. A soja, o café e o açúcar lideram as exportações. No mercado interno, os produtos mais comuns são as hortaliças, seguidos de café, açúcar, sucos, mel, geléias, feijão, cereais, laticínios, doces, chás e ervas medicinais.

Pelo menos 80% dos projetos certificados no Brasil são de pequenos agricultores familiares (cerca de 20 mil agricultores). As associações e cooperativas de pequenos produtores vem crescendo e viabilizam a agricultura orgânica em muitas regiões fixando o homem no campo. Muitas famílias consomem e vendem o que plantam.

O produto orgânico evita problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas.
Protege a qualidade da água, a fertilidade do solo, a vida silvestre e são mais nutritivos.
Incluir produtos orgânicos nas compras incentiva a produção e no longo prazo, torna os orgânicos mais baratos.
Para esclarecer, o alimento hidropônico (produzido na água) não é orgânico pois utiliza adubos químicos solúveis.
O selo de certificação é a garantia do consumidor de estar adquirindo produtos orgânicos isentos de qualquer resíduo tóxico.
O sistema de cultivo orgânico observa as leis da natureza, respeita as diferentes épocas de safra e todo o manejo agrícola está baseado na preservação dos recursos naturais, além de respeitar os direitos de seus trabalhadores.

Músicas sobre o tema.

Dicas para combater o desperdício de alimentos.

Saiba mais no site da Associação de Agricultura Orgânica.

Vídeo : Brasil do Desperdício.

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