Os tipos adequados de biocombustíveis
devem ser promovidos para combater as mudanças climáticas, e não o
etanol à base de milho (produzido principalmente nos Estados Unidos), que tem
produtividade muito baixa, afirmou na terça-feira (6) o diretor do Programa da
Organização da Nações Unidas (ONU) para o Meio Ambiente na Europa, Christophe Bouvier.
Planos para expandir a produção de biocombustível em muitas partes do mundo estão
sendo examinados atentamente após a recente disparada dos preços dos alimentos e temores
de que as duas indústrias possam estar competindo. "Acho que é uma questão de ter
certeza de que os biocombustíveis corretos estejam sendo promovidos, e não outros",
disse ele.
"Há casos, como a cana-de-açúcar, usada como matéria-prima na produção de
etanol no Brasil, por exemplo, em que eles (combustíveis corretos), são parte da
solução, desde que sejam produzidos corretamente, nos lugares certos e em um sistema
sustentável de produção", declarou Bouvier.
Entretanto, ele criticou o uso de milho como matéria-prima, como ocorre nos Estados
Unidos. "Acredito que haja uma preocupação de que o investimento e os compromissos
em parte da produção de biocombustível em alguns casos não tenham ido para a direção
correta." "Não sei se o milho está morto (como um biocombustível)...Mas
certamente este é um dos exemplos em que você pode ver que a produtividade é muito
baixa e há um potencial de competição com os alimentos," declarou. As
informações são das agências de notícias internacionais.
Fonte: Estadão Online