O Brasil teve a participação de
fontes renováveis - incluem energia hidráulica, produtos da cana-de-açúcar,
lenha e carvão vegetal - na matriz energética ampliada em 2007, informou nesta
quinta-feira (8) a EPE (Empresa de Pesquisa Energética).
Dados preliminares do BEN (Balanço Energético Nacional) indicam que as fontes
renováveis foram responsáveis por 46,4% da oferta energética no país em 2007,
totalizando 111 milhões de tep (toneladas equivalentes de petróleo). No ano anterior,
essas fontes respondiam por 44,9% da matriz.
As fontes não renováveis - petróleo e derivados, gás natural, carvão mineral -
corresponderam a 53,6% da oferta de energia no ano passado, ante participação de 55,1%
em 2006. Ao todo, foram ofertados 128,3 milhões de tep oriundos de fontes não
renováveis em 2007.
O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, exaltou o fato de o Brasil ter um aproveitamento
de fontes renováveis bem acima da média verificada em todo o mundo. A média é de um
aproveitamento de 12,7% de fontes renováveis na matriz energética mundial.
A forte presença de fontes renováveis na matriz energética brasileira é decisiva para
que o país tenha um número relativamente baixo de emissões de gás carbônico, em
função da produção de energia. Cada habitante emite, em média, 1,84 t (tonelada) de
gás carbônico. Nos Estados Unidos, essa média chega a 19,61 t por habitante. A média
mundial é de 4,22 t de gás carbônico por habitante.
A cada tep produzido, o Brasil emite 1,57 t de gás carbônico. A média mundial é de
2,37 t de gás carbônico por tep gerado.
"Isso mostra que o Brasil tem melhor qualidade na matriz energética, com menos
emissões de gás carbônico", resumiu Tolmasquim.
Fonte: Folha Online