Um relatório, apoiado
pelas Nações Unidas, pede a governos locais e federais que reforcem o gerenciamento de
seus recursos hídricos como forma de combater a pobreza e a corrupção.
Segundo o estudo, "Corrupção Global 2008: Corrupção no Setor de Água", mais
de 1 bilhão de pessoas não têm acesso à água potável e 2,4 bilhões vivem sem saneamento
básico.
Escassez - O relatório compilado pelo Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento, Pnud, e a ONG, Transparência Internacional, revela que a crise se deve
mais a falhas de governança que à escassez de recursos hídricos.
O continente mais afetado pela falta d'água é a África. A Ásia tem o maior número de
pessoas sem saneamento.
Segundo os organizadores do
estudo, é a primeira vez que o termo corrupção é analisado em associação com o
fornecimento de água.
O relatório revela que os problemas podem surgir já no início de grandes contratos com
pagamento de propinas. Um outro exemplo da corrupção é a obtenção de serviços de
água e saneamento sem o pagamento de impostos.
Integração - De acordo com a agência da ONU, governos federais e
locais precisam promover mais integração dos sistemas políticos, sociais e econômicos
para alcançar a gestão eficaz dos serviços de água.
Na apresentação do relatório, em Nova York, a diretora da Transparência Internacional,
Huguette Labelle, afirmou que a falta d'água pode se tornar a causa para conflitos
políticos no futuro.
Fonte: G1